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Crises existem, e eu vivo tendo crises, Calma que eu vou explicar direitinho o que são crises para mim.
Já me degladiei muito com as minhas crises e hoje procuro deixar a acontecer essa guerra interna de forma mais amena possível, tento não me abater muito, mas as vezes isso acontece.
Estou passando por uma crise daquelas bem grande, sabe quando a crise vem e muda todas as suas engrenagens de como viver e ver a vida? Estou numa dessas e a parte mais engraçada de todas é que eu demorei para ver que estou num período de transformação.
Dentre muitas certezas, a que mais reina em mim é que o minimalismo (dentro do que eu vejo como quantidade necessária para mim) toda vez que a minha casa parece entulhada demais, eu começo a sentir sufocada, necessitando de espaço e aí passo a desejar um espaço bem maior para viver e como isso não é possível eu penso se eu mudar para um espaço maior, passarei a entulhar lá também e começo a detalhar a minha casa, meus pensamentos e passo a libertar a minha alma.
É nessa hora que bate uma crise existencial, eu começo a questionar se eu estou fazendo a coisa certa (o hábito de fazer um consumo mais consciente cada vez fica mais intrínseco em mim, compro cada vez menos por impulso e sempre questiono se preciso realmente ou se quero muito).
Aí passo a me sentir perdida, questionando os meus valores, a minha capacidade, as coisas não fazem sentido, o mundo perde a cor, é nessas horas que eu sinto que uma mudança é necessária, as vezes são pequenas coisas que incomodam que precisam ser modificadas, outras vezes é o fim de uma era que precisar ser aceita e ser modificada para um novo início.
Assim é a vida, cheia de ciclos.
O Consumismo não te fará feliz, nem o minimalismo se isso não é a sua essência de vida, você pode achar lindo as casas no estilo nórdico ou dinamarquês (como eu acho), porém se viver num ambiente assim não lhe alegra a alma para que viver? Por que é o \”it\” do momento, porque um ambiente clean é o que dizem de mais moderno?
Minha alma é colorida, florida, se agita nas cores da natureza, isso é que me deixa feliz e porque eu estou dizendo isso? Porque recentemente li numa matéria sobre minimalismo que ensinava como decorar e basicamente tudo era só branco e cinza, nada de almofadas, quase um ambiente decorado de prédios em construção e pensei nossa nunca alcançarei o minimalismo, mas logo veio o estalo de calma aí, porque o meu minimalismo tem que ser datado por um número fixo de apenas quatro pratos, quatro copos e apenas um jogo de talhares para quatro pessoas? Se isso não me fará feliz, também não me fará feliz ter dez jogos completos para oito pessoas, o meu equilíbrio da quantidade de coisas que eu desejo ter será datado por mim e não por uma reportagem ou algum guru.
Existe um ponto de equilíbrio e só você poderá dizer que chegou nele, só você poderá comparar seu antes e depois e falar que chegou no seu minimalismo e ninguém tem o direito de lhe dizer o contrário.
Procurar listas de quantidades, ver vídeos sobre o assunto, decoração, estilo de vida, tudo isso faz parte como inspiração!
Eu retornei a minha busca, olhei em volta e não me encontrei onde eu estava, doeu estar ali , meio perdida no mundo, doeu abrir mão das coisas acumuladas é todo um processo de redescoberta, porém a sensação de alivio ao acordar hoje de manhã e sentar no meu sofá, saborear tomando meu café e enxergar espaços vazios foi  tão bom, um misto de aconchego, libertação e de dever cumprindo, quero tirar muito mais coisas e encaixar outras tantas que eu vejo que estão um pouco perdidas ali, mas no meu coração sei que toda a dor que me levou novamente a iniciar essa \”limpeza\”  física das coisas que eu tinha me levou a limpar a minha alma junto também.

No próximo post sobre esse assunto, falarei um pouco mais desse processo que ainda está acontecendo comigo, de como isso mexeu com a minha família e talvez eu mostre algumas transformações dos espaços da nossa casa.
Até mais!

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