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O calor nesssa cidade está se tornando insuportável, trabalhar num local sem ventilação mecanica está tornando o trabalho cada vez mais penoso.

Foi muito bom acordar quase atrasada (não ouvi o despertador tocar hoje) e ter a roupa e a bolsa completamente pronta, sem precisar pensar no que vestir e ter que caçar algo usável, dó falta agora transformar isso num hábito. A tarefa de hoje é deixar a mesa do café da manha já arrumada, incluindo o lanche que levarei para o escritório.

Tem muita coisa na lista de pendencias, mas não adianta tentar resolver tudo isso num unico dia, estou começando pelo item de reunir os iguais, estou elegendo alguns lugares para colocar as coisas iguais que encontro, documentos, itens de artesanato e assim por diante depois vou pegar somente aquele setor e arrumar.

Tenho livros que gostaria de ler e estão aguardando um tempo de sobra, livros que sei que nunca vou ler e estão apenas tomando espaço (estes devem ser doados, preciso me focar na fluidez da energia). Definitivamente o Desapego é o que torna esse processo o mais dificil de todos, o de separar o que fica e o que definitivamente precisa ir embora.

As coisas que ficam precisam ter utilidade, mesmo que seja decoração, entao precisam decorar , serem expostas e não ficarem entulhadas num canto apenas.

EStou jogando muita coisa fora, uma em especifico nesse mês doeu muito, chorei igual criança, uma cobra que ganhei no jardim de

infancia de feltro, estava há muito tempo guardada dentro de um saco, toda poída já, tinha traços de algums \”insetos\” terem passeado por ali. Pensei muito e respirei fundo, não teria coragem de deixar nenhuma criança brincar com a cobrinha, poderia engolir o isopor que já estava saindo dela ou até lá sabe mais o que, não dava para decorar porque estava muito feia entao não servia mais para nada.

Joguei fora e chorei …como chorei de soluçar uma lembrança tão doce, tão gostosa, fotografei e prometi que quando meu bebe viesse ao mundo faria uma cobrinha daquela para decorar a sua caminha e como chorei, quando vi a sacola sendo levada para o lixo e o caminhao passando desabei de novo, como eu poderia estar fazendo aquilo, jogando um bem tão carregado de memorias embora daquela maneira, mas precisava, preciso abrir espaço para o novo, para o limpo.
Alguns recortes estou colocando em albuns, criando uma utilidade para eles, mas a maioria está sendo fortemente descartado.

Depois disso algumas coisas foram jogadas um pouco mais fácil, se pude abrir mão de algo tão significativo pra mim, tão carregado de

lembranças, como nao iria abrir mao de uma embalagem mais bonitinha guardada no fundo do guarda roupa só tomando espaço?

Falta muito para ficar arrumado e organizado, falta muito para ter aquela precisão de cade o documento x e se dirigir exatamente para onde ele está. Vou aprender a desapegar, devolver os objetos no seu lugar devido e aprender como consumir (esse é o principal,acumulamos muitas coisas por nao saber comprar, nao saber escolher).

É um trabalho constante, até as escolhas se tornarem automáticas sei que será um trabalho árduo, doloroso e as vezes até traumático (sim traumático, é dificil ver como somos apegados a pequenos pedaços de papel com uma data escrita, um recorte de jornal, um papel de bala, como é dificil jogar fora esses pequenos pedaços de memórias físicas)mas será recompensador, libertador e fará muito bem pra mim e pra minha família.

É uma escolha completamente individual, não podemos exigir que as pessoas que compoem nosso círculo sigam o mesmo caminho (principalmente quando é da nossa familia e dividimos o mesmo teto , é algo que so pode ser feito pelo dono dos objetos).

Até mais…

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